No nosso país, a pretexto do Dia Internacional da Paz, a Fundação Pro-Dignitate - organização não-governamental que promove os direitos humanos e foi fundada em 1994 por Maria de Jesus Barroso Soares - leva a cabo a iniciativa proposta pela ONU, um abaixo-assinado contra as armas nucleares.
O abaixo-assinado foi proposto pelo actual Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, no âmbito da campanha "Temos de Desarmar", e vai ser lançado a nível mundial, disse à agência Lusa o assessor da Pró-Dignitate, António Pacheco (Quando a referida petição estiver disponivel publicarei post sobre o assunto).
No Dia da Paz, Ban Ki-moon pede desarmamento. (ler+)
A Pro-Dignitate vai ainda apresentar o livro "Não às Armas", que alerta para esta problemática.
«Afirma-se, com base em documentos da maior seriedade e importância, que em cada minuto que passa as nações de todo mundo gastam um milhão e oitocentos mil dólares em armamento. Deve pensar-se no que seria esse dinheiro utilizado em matar a fome aos milhões que a sofrem ou vencer as doenças que os minam e muito especialmente as crianças», escreve a mulher do antigo chefe de Estado Mário Soares, no prefácio do livro. Fonte IOL (ler+)
Neste particular destaco duas situações que foram sido divulgadas nos últimos dias em alguns órgãos de comunicação social e que se revelam preocupantes:
1) Coreia do Norte: «Manobras para uma guerra nuclear» (ler+);
2) Jimmy Carter: «Israel tem 150 armas nucleares» (ler+)
Aproveito a ocasião para homenagear o povo de um dos países mais jovens do mundo, TIMOR LESTE, tão massacrado e fustigado pela guerra desencadeada pela potência ocupante. Relembro que o referendo histórico que possibilitou a independência desta nação - 80% de votos a favor - fez recentemente 10 anos (30 de Agosto de 1999).
Xanana Gusmão falou da necessidade de “perdoar”, enquanto a Amnistia Internacional denunciou há poucos dias o facto de até hoje nenhuma alta patente indonésia ter sido acusada pelos crimes em Timor-Leste. A pobreza continua a ser o maior problema do país. Mas dez anos depois, não há apenas fome: há também esperança. Um texto de Ana Adringa lembra a lembra a importância do referendo e o difícil processo de libertação (ler)
Entre 1999 e 2002 as Nações Unidas levaram a cabo uma missão, a UNTAET - Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste - que cuidou de organizar e reconstruir o país, bem como prepará-lo para a independência. Essa missão iria desembocar na realização das primeiras eleições para a Assembleia Constituinte em 30/8/2001 e eleições presidenciais em 14/4/2002, quando foi eleito Xanana Gusmão.
A independência formal da República TIMOR LESTE teve lugar em 20/05/2002. (ler+)
No seguimento desta temática adiciono novo link em "A minha Lista de blogues", trata-se de http://timorlorosaenacao.blogspot.com/, um blogue muito interessante que retrata a vários temas relacionados com a vida desta jovem nação, particularmente na vertente política.
Apoio também a petição (clicar) que visa o estabelecimento de um tribunal penal internacional para julgar os cidadãos da Indonésia que tenham cometido crimes graves contra a humanidade e violações dos direitos humanos em Timor Leste durante o período da ocupação ilegal entre 1975 e 1999.
Termino este post com uma frase proferida pelo académico Adriano Moreira a propósito das celebrações do Dia Internacional da Paz: "não há nenhum país confiável para ter armas de destruição maciça". (clicar)
Este pensamento revela uma verdade inconvenientemente sábia...
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