A Alemanha e a Suiça dizem “não” à energia nuclear, o que constitui uma óptima notícia para todos.
Depois de muitas manifestações e da catástrofe japonesa de Fukushima, o governo germânico decidiu que o país vai ser a primeira potência industrial a desistir deste tipo de energia. O “apagão nuclear” está marcado para 2022, quando serão encerrados os últimos três dos 17 reactores do país.
A decisão já foi tomada e será formalizada em conselho de ministros a seis de Junho. O ministro alemão do Ambiente disse que é algo “irreversível”. Norbert Röttgen detalhou que os sete reatores mais antigos – que já estavam afectados por uma moratória após o acidente nuclear de Fukushima – e o reactor de Kruemmel vão ser desactivados. “Um segundo grupo de seis reactores vai sair da rede até 2021 e os mais modernos vão ser encerrados em 2022”, concluiu. Até lá, a Alemanha tem de encontrar formas alternativas para produzir os 22 por cento de electricidade até agora assegurada pelas centrais nucleares.
Uma derrota para a o governo da "toda poderosa" Angela Merkel que, no final do ano passado, tinha votado o prolongamento de doze anos da exploração dos reatores do país, o que vem provar que o povo pode ser "quem mais ordena".
Por seu lado a Suíça decidiu desactivar gradualmente as cinco centrais nucleares do país e abandonar por completo a produção de energia nuclear. O primeiro reactor será desligado em 2019 e o último em 2034. A aposta será em produzir mais electricidade através das energias renováveis.
Estando em pleno período de campanha eleitoral interessa fazer menção à posição dos dois principais candidatos a primeiro ministro sobre o assunto.
Lembrando o artigo que saiu no "Expresso" no dia 19 de Maio de 2010: "O líder do PSD falava durante um almoço promovido pelo Forum para a Competitividade, em Lisboa, e defendeu o "debate" sobre a opção pela energia nuclear, tendo como argumento a necessidade de reduzir "a dívida e a dependência energética nacional", preconizando a possibilidade de construção de centrais nucleares.
Já o Partido Socialista continua a defender a aposta as energias renováveis, como forma a aumentar a eficiência energética e reduzir a dependência.
A decisão agora tomada, pelos governos da Alemanha e Suíça, de abandonar a opção nuclear, vem provar que a forte aposta que o governo fez, nos últimos anos, nas energias renováveis, constituiu uma decisão visionária e de grande alcance.
Gostei da notícia.
ResponderEliminarObrigado pela informação