domingo, 19 de junho de 2011

Ao novo Governo cabe "simplesmente implementar o programa" acordado com a troika




O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, defendeu dia 7/06/2011, que a Portugal cabe "simplesmente implementar o programa" acordado com a troika .



Apontando que as recomendações são feitas "à medida para cada país, já que reflectem o facto de os desafios variarem muito de Estado-membro para Estado-membro", Rehn observou, em Estrasburgo, que ainda assim "é possível distinguir três categorias" de países: os que já negociaram programas com UE e FMI, aqueles que não precisam de ajuda externa mas têm graves problemas orçamentais e de competitividade, e aqueles cujos problemas de dívida são menos urgentes e têm as contas públicas em ordem.



"Aos primeiros, recomendamos simplesmente que implementem o programa com determinação e resultados concretos", declarou, referindo-se a Grécia, Irlanda e Portugal.



Fonte comunitária já havia explicado à Lusa que as orientações e medidas que Portugal tem de tomar nos próximos meses já estão contidas no memorando assinado entre a 'troika' internacional (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e o Governo de José Sócrates.



As "recomendações" hoje apresentadas pela primeira vez, que se baseiam na nova "coordenação económica reforçada" entre os Estados-membros e são feitas ao ritmo do "semestre europeu", serão discutidas e avalizadas pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia na reunião que vão ter a 23 e 24 de Junho em Bruxelas.



In Económico com Lusa 07/06/11 16:26 (Clicar)



Deve-se realçar que estas declarações proferidas por Olli Rehn foram feitas depois de conhecidos os resultados eleitorais, resultantes da última Eleição para a Assembleia da República, de 5 de Junho.



Isto significa que os portugueses devem estar especialmente atentos ao novo governo. Ainda antes de tomar posse e mesmo durante a campanha eleitoral, Passos Coelho foi explicando que pretende aplicar as políticas da troika e ir mais além. Que queria ele dizer com "ir mais além"?



Será a aplicação da liberalização dos despedimentos selvagens, sempre que o patrão quiser?



Serão ainda mais cortes na Escola Pública e o despedimento de milhares de professores?



Será a privatização parcial da Saúde e/ou Segurança Social?



Será a privatização da CGD, que além de dar lucros consideráveis, representa importância estratégica para a estabilidade do sistema financeiro nacional e para o financiamento da economia, como aliás se viu aquando das mega- fraudes, realizadas por antigos políticos, em vários bancos privados?



Será a privatização da RTP, quando todos os países europeus têm, pelo menos, um canal público de TV?



Fica a dúvida! Estejamos atentos e vigilantes!

2 comentários:

  1. Muito bm visto! Começo a crer que o trapassos de coelho, por sorte, ou por esperteza própria da espécie, vai ter um grande futuro.
    Praticou todos os atos possíveis e imaginários para desacreditar o melhor governo que tivémos em democracia, que foi o governo do sócrates.
    Claro que não esteve só nessa árdua tarefa. Os meios de comunicação social, sua santidade o sr. silva, os sapadores salazaristas em geral, os partidos de esquerda (que infelicidade sinto!), todos deram uma preciosa ajuda.
    Mas como dizia, houve uma conjunção de fatores que permitiram que o fmi entrasse em portugal, contra a vontade do sócrates.
    E se estamos lembrados, o trapassos de coelho, e a sua comitiva de gulosos esfaimados, teciam os maiores elogios aos gulosos do fmi, pois onde eles entravam a lei era dura mas era lei.
    E eles entraram e deram as suas ordens. E toda a corja salazarista devia ter ficado radiante, por existirem finalmente regras para levar a bom termo a recuperação da crise, que pelos vistos o sócrates criou no planeta.
    Uns dias depois o trapassos de coelho começou a dizer que afinal ainda tinha de ir mais longe do que aquilo que o fmi exigia. Talvez tivesse recebido alguma informação privilegiada do belmiro mete medo naqueles dias da campanha eleitoral.
    Conclusão: o trapassos de coelho, nosso merecidissimo 1º ministro, vai além das medidas propostas pelo fmi, logo o fmi não é tão bom como se julgava.
    Então, num futuro que se adivinha breve, o trapassos de coelho passará a integrar uma super comissão para ensinar o fmi a trabalhar como deve ser. Chame-se ela troika, quadróika, quintóika, sextóika. Quantos mais melhor. E portugal dos pequeninos, com sua santidade o sr. silva a dar a benção, passará a governar as carteiras deste mundo e do outro. E adeus crise.

    ResponderEliminar
  2. Que culpa tem a RECESSÃO? A culpa é da filosofia económica, do NEOLIBERALISMO, do CAPITALISMO FINANCEIRO, dos OFFSHORES...A CULPA JAMAIS PODERIA SER DE ALGO JUSTO E EQUILIBRADOR DE QUALQUER SOCIEDADE QUE SE QUEIRA VERDADEIRAMENTE DESENVOLVIDA, REFORO-ME A UM VERDADEIRO ESTADO SOCIAL.

    ResponderEliminar